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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Medicamento usado para tratar sintomas Parkinsonianos

CARBIDOPA+LEVODOPA




















É uma combinação de carbidopa, um inibidor de descarboxilase periférica e levodopa. A carbidopa diminui a descarboxilação extra cerebral da levodopa diminuindo assim a incidência de náuseas e aumentando a disponibilidade central da levodopa. A adição de carbidopa reduz em  cerca de 75% a quantidade de levodopa necessária. Cerca de 75mg a 100mg de carbidopa são necessárias para saturara descarboxilase periférica . Entretanto, alguns pacientes precisam de doses de ate 200mgde carbidopa por dia para reduzir ou eliminar a náusea. A meia vida da levodopa quando administrada com a carbidopa é de aproximadamente duas horas e meia (ou seja, este medicamento levara duas horas e meia para excretar do organismo metade da sua composição)
A levodopa/carbidopa é habitualmente administrada meia hora antes ou uma hora ou mais depois das refeições para atingir uma absorção mais consistente. Apesar de a levodopa competir com outros aminoácidos neutros grandes pelo transporte através da barreira hematoencefalica, somente os pacientes com flutuação motora significativa de levodopa/PDI devem considerar uma dieta de baixas proteínas ou redistribuição de proteínas.

INDICAÇOES
É destinado ao tratamento da doença e da síndrome de Parkinson. É útil para aliviar muitos dos sintomas do parkinsonismo, particularmente a rigidez e bradicinesia (lentidão anormal dos movimentos). É frequentemente útil no controle do tremor , da disfagia , da sialorreia , e da instabilidade postural, associados com a doença e a sindrome de Parkinson.
 A resposta terapêutica à levodopa, administrada isoladamente, é irregular e os sintomas e sinais da doença não são uniformemente controlados, a substituição pela carbidopa+levodopa é em geral eficaz reduzindo as flutuações na resposta, reduzindo certas reações adversas produzidas pela levodopa isolada. É indicado também  para pacientes que estejam tomando preparações vitamínicas contendo cloridrato de piridoxina (vitamina B6).

CONTRA INDICAÇÕES
Não se deve usar simultaneamente inibidores da monoamioxidase-A e carbidopa+levodopa (exceto inibidores da MAO-B em doses baixas) esses inibidores devem ser interrompidos pelo menos duas semanas antes de se iniciar o tratamento com este medicamento.
É contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a carbidopa ou a levodopa ou a qualquer componente da formulação ou pacientes com glaucoma de ângulo estreito. Dada a possibilidade de levopa ativar melanoma maligno, este medicamento não deve ser utilizado em pacientes com lesões cutânea suspeitas e não diagnosticada com histórico de melanoma.
É contraindicado para uso por gestantes e lactantes.

ADVERTÊNCIAS
 A carbidopa+levodopa pode ser administrada a pacientes que já estejam recebendo levodopa isoladamente. A substituição do tratamento anterior por tratamento com associação deve ser feita em posologia que propicie aproximadamente 20% da posologia previa da levodopa . Não é recomendado o uso de carbidopa+levodopa para tratamento de reações extrapiramidais de origem medicamentosa. Deve-se administra esse medicamento com cautela em pacientes com graves afecções cardiovasculares ou pulmonares, doenças renais , hepáticas, endócrinas e com  asma brônquica.
Foi relatado um complexo sintomático que lembra a síndrome neuroleptica maligna, incluindo rigidez muscular, aumento da temperatura corporal, alterações mentais e aumento da creatina-fosfoquinase serica, ligada a retirada abrupta de agentes antiparkinsonianos. Portanto os pacientes devem ser cuidadosamente observados quando se reduz abruptamente a posologia da corbidopa+levodopa especialmente se fizerem uso de neurolepticos.
Pacientes com glaucoma de ângulo aberto podem ser tratados cautelosamente com carbidopa+levodopa, desde que a pressão intraocular esteja controlada e o paciente cuidadosamente monitorado quanto a alterações na pressão intraocular durante o tratamento. Como acontece com a levodopa a possibilidade de ocorrer hemorragia gastrintestinal em pacientes com histórico de ulcera péptica(lesão no estomago ou no intestino com destruição da mucosa provocando fortes dores).
Uso pediátrico: não foi estabelecida a segurança da carbidopa+levodopa em pacientes com menos de 18 anos de idade.
Gestantes: os efeitos da carbidopa+levodopa a gravidez e na lactação humana são desconhecidos, Portanto o uso deste produto durante a gravidez requer possíveis benefícios do medicamento sejam controlados com os riscos potenciais. A carbidopa+levodopa não deve ser administrada a nutrizes(pessoa que amamenta ou é responsável por nutrir alguém).
Pacientes Idosos: podem requerer doses inferiores, já que há relatos que essa população tem maior possibilidade de experimentar reações adversas serias como hipotensão, síncope, e alterações comportamentais


INTERAÇOES MEDICAMENTOSAS DE CARBIDOPA/LEVODOPA
Anti-hipertensivos: pode ocorrer hipotensão postural sintomática quando a carbidopa+levodopa for administrada a pacientes sob tratamento com anti-hipertensivos, podendo ser necessário ajustar a posologia do anti-hipertensivo. Para pacientes com uso de inibidores da MAO , esses inibidores devem ser interrompidos pelo menos duas semanas antes de se iniciar o tratamento com carbidopa+levodopa.
Antidepressivos: há raros relatos de reações adversas, incluindo hipertensão e discinesia, resultado do uso concomitante com antidepressivos tricíclicos.
Antagonistas colinérgicos (ex: fenotiazidas, e butirofenonas): podem reduzir os efeitos de levodopa. Além disso, os efeitos benéficos da levodopa na doença de Parkinson foram revertidos pela fenitoina e papaverina , em alguns relatos. Os pacientes que usam estas drogas com carbidopa+levodopa devem ser cuidadosamente monitorados quanto à perda de resposta terapêutica.
Interação medicamento-alimento: como a levodopa compete com certos aminoácidos, sua absorção pode ser prejudicada em alguns pacientes sob dieta rica em proteínas.

REAÇOES ADVERSAS / EFEITOS COLATERAIS
Os efeitos colaterais que geralmente ocorrem em pacientes sob tratamento com carbidopa+levodopa são devidos a atividade neurofarmacologica central da dopamina. Estas reaçoes podem ser diminuídas pela redução posológica. As outros movimentos adversas mais comuns são náuseas, discinesia, incluindo os movimentos coreiformes distônicos e involuntários, contrações musculares e blefarospasmo (tipo de contração involuntária das pálpebras e musculatura facial) podem ser tomados como sinais de alerta para se considerar a redução posológica
Reações menos frequentes são: irregularidades cardíacas e ou palpitações, episodio de hipotensão ostática, episodio brade cinético (fenômeno” on-off ”), anorexia vomito, tontura e sonolência. Raramente ocorreram convulsões, no entanto, não foi estabelecida uma reação causal com o produto.
Diminuição da hemoglobina e hematócrito, glicose sérica elevada, leucócitos, bactéria e sangue na urina tem sido reportados. Geralmente, níveis de nitrogênio ureico sanguíneo, creatinina e acido úrico as menores durante a administração da carbidopa+levodopa do que com levodopa. Teste de Coombs positivo tem sido reportado com ambos carbidopa+levodopa e levodopa isolada, mais anemia hemolítica é extremamente rara.
Outras reações adversas reportadas com levodopa foram:
Sistema nervoso: ataxia, aumento do tremor das mãos, contrações musculares
Psiquiátricos: confusão, sonolência, insônia, alucinações, ilusões
Gastrintestinais: boca seca, gosto amargo, sialorreia, disfagia, bruxismo
Metabólicos: perca ou ganho de peso
Tegumentários: rubor facial, sudorese aumentada, suor escuro, erupção cutânea
Urogenitais: retenção urinaria, incontinência, urina escura, priapismo
Vários: fraqueza, desmaio, fadiga, cefaleia, rouquidão, mal-estar

POSOLOGIA
Considerações Gerais
A posologia deve ser titulada de acordo com as necessidades individuais, o que pode exigir ajuste tanto de cada dose, quanto frequência de administração. Tem-se observado resposta em um dia e as vezes após uma dose. Doses plenamente eficazes, são em geral, alcançadas dentro de 7 dias, em confronto com semanas ou meses exigidos pela levodopa isoladamente. Estudos mostram que a enzima periférica dopa-descarboxilase é saturada pela a carbidopa com doses entre 70 a 100 mg diariamente, pacientes recebendo menos do que essa quantidade de carbidopa estão mais sujeitos a experimentar náusea e vomito
Inicial: ½ comprimido de carbidopa+levodopa uma ou duas vezes ao dia
Ajuste: acrescente ½ comprimido de carbidopa+levodopa cada dia, ou em dias alternados ate ser atingida a dose ótima
Manutenção: um comprimido 3 a 4 vezes por dia. Se necessário a posologia pode ser aumentada em ½ de 1 comprimido a cada dia, ou em dias alternados, ate o máximo de 8 comprimidos por dia 
Em caso de transferência para a carbidopa+levodopa o paciente deve ser estritamente observado durante o período de ajuste posológico, especificamente movimentos inventários ocorrerão mais rapidamente em pacientes com carbidopa+levodopa do que em pacientes sob tratamento com a levodopa isolada, a ocorrência de movimentos involuntários requer redução posológica




Fonte: http//www.medicinanet.com/bula/1168/carbidopa_e_levodopa.htm


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