CARBIDOPA+LEVODOPA
É uma combinação de carbidopa, um inibidor de descarboxilase periférica e levodopa. A carbidopa diminui a descarboxilação extra cerebral da levodopa diminuindo assim a incidência de náuseas e aumentando a disponibilidade central da levodopa. A adição de carbidopa reduz em cerca de 75% a quantidade de levodopa necessária. Cerca de 75mg a 100mg de carbidopa são necessárias para saturara descarboxilase periférica . Entretanto, alguns pacientes precisam de doses de ate 200mgde carbidopa por dia para reduzir ou eliminar a náusea. A meia vida da levodopa quando administrada com a carbidopa é de aproximadamente duas horas e meia (ou seja, este medicamento levara duas horas e meia para excretar do organismo metade da sua composição)
A
levodopa/carbidopa é habitualmente administrada meia hora antes ou uma hora ou
mais depois das refeições para atingir uma absorção mais consistente. Apesar de
a levodopa competir com outros aminoácidos neutros grandes pelo transporte
através da barreira hematoencefalica, somente os pacientes com flutuação motora
significativa de levodopa/PDI devem considerar uma dieta de baixas proteínas ou
redistribuição de proteínas.
INDICAÇOES
É
destinado ao tratamento da doença e da síndrome de Parkinson. É útil para
aliviar muitos dos sintomas do parkinsonismo, particularmente a rigidez e bradicinesia
(lentidão anormal dos movimentos). É frequentemente útil no controle do tremor ,
da disfagia , da sialorreia , e da instabilidade postural, associados com a
doença e a sindrome de Parkinson.
A resposta terapêutica à levodopa,
administrada isoladamente, é irregular e os sintomas e sinais da doença não são
uniformemente controlados, a substituição pela carbidopa+levodopa é em geral
eficaz reduzindo as flutuações na resposta, reduzindo certas reações adversas
produzidas pela levodopa isolada. É indicado também para pacientes que estejam tomando preparações
vitamínicas contendo cloridrato de piridoxina (vitamina B6).
CONTRA INDICAÇÕES
Não
se deve usar simultaneamente inibidores da monoamioxidase-A e
carbidopa+levodopa (exceto inibidores da MAO-B em doses baixas) esses
inibidores devem ser interrompidos pelo menos duas semanas antes de se iniciar
o tratamento com este medicamento.
É
contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a carbidopa ou a levodopa ou
a qualquer componente da formulação ou pacientes com glaucoma de ângulo
estreito. Dada a possibilidade de levopa ativar melanoma maligno, este
medicamento não deve ser utilizado em pacientes com lesões cutânea suspeitas e
não diagnosticada com histórico de melanoma.
É
contraindicado para uso por gestantes e lactantes.
ADVERTÊNCIAS
A carbidopa+levodopa pode ser administrada a pacientes
que já estejam recebendo levodopa isoladamente. A substituição do tratamento
anterior por tratamento com associação deve ser feita em posologia que propicie
aproximadamente 20% da posologia previa da levodopa . Não é recomendado o uso
de carbidopa+levodopa para tratamento de reações extrapiramidais de origem
medicamentosa. Deve-se administra esse medicamento com cautela em pacientes com
graves afecções cardiovasculares ou pulmonares, doenças renais , hepáticas,
endócrinas e com asma brônquica.
Foi
relatado um complexo sintomático que lembra a síndrome neuroleptica maligna,
incluindo rigidez muscular, aumento da temperatura corporal, alterações mentais
e aumento da creatina-fosfoquinase serica, ligada a retirada abrupta de agentes
antiparkinsonianos. Portanto os pacientes devem ser cuidadosamente observados
quando se reduz abruptamente a posologia da corbidopa+levodopa especialmente se
fizerem uso de neurolepticos.
Pacientes
com glaucoma de ângulo aberto podem ser tratados cautelosamente com carbidopa+levodopa,
desde que a pressão intraocular esteja controlada e o paciente cuidadosamente
monitorado quanto a alterações na pressão intraocular durante o tratamento.
Como acontece com a levodopa a possibilidade de ocorrer hemorragia
gastrintestinal em pacientes com histórico de ulcera péptica(lesão no estomago
ou no intestino com destruição da mucosa provocando fortes dores).
Uso
pediátrico: não foi
estabelecida a segurança da carbidopa+levodopa em pacientes com menos de 18
anos de idade.
Gestantes: os efeitos da carbidopa+levodopa a
gravidez e na lactação humana são desconhecidos, Portanto o uso deste produto
durante a gravidez requer possíveis benefícios do medicamento sejam controlados
com os riscos potenciais. A carbidopa+levodopa não deve ser administrada a nutrizes(pessoa
que amamenta ou é responsável por nutrir alguém).
Pacientes
Idosos: podem
requerer doses inferiores, já que há relatos que essa população tem maior
possibilidade de experimentar reações adversas serias como hipotensão, síncope,
e alterações comportamentais
INTERAÇOES MEDICAMENTOSAS DE CARBIDOPA/LEVODOPA
Anti-hipertensivos: pode ocorrer hipotensão postural
sintomática quando a carbidopa+levodopa for administrada a pacientes sob
tratamento com anti-hipertensivos, podendo ser necessário ajustar a posologia
do anti-hipertensivo. Para pacientes com uso de inibidores da MAO , esses
inibidores devem ser interrompidos pelo menos duas semanas antes de se iniciar
o tratamento com carbidopa+levodopa.
Antidepressivos:
há raros relatos de reações
adversas, incluindo hipertensão e discinesia, resultado do uso concomitante com
antidepressivos tricíclicos.
Antagonistas
colinérgicos (ex: fenotiazidas, e butirofenonas): podem reduzir os efeitos de
levodopa. Além disso, os efeitos benéficos da levodopa na doença de Parkinson
foram revertidos pela fenitoina e papaverina , em alguns relatos. Os pacientes
que usam estas drogas com carbidopa+levodopa devem ser cuidadosamente
monitorados quanto à perda de resposta terapêutica.
Interação
medicamento-alimento:
como a levodopa compete com certos aminoácidos, sua absorção pode ser
prejudicada em alguns pacientes sob dieta rica em proteínas.
REAÇOES ADVERSAS / EFEITOS COLATERAIS
Os
efeitos colaterais que geralmente ocorrem em pacientes sob tratamento com carbidopa+levodopa
são devidos a atividade neurofarmacologica central da dopamina. Estas reaçoes
podem ser diminuídas pela redução posológica. As outros movimentos adversas
mais comuns são náuseas, discinesia, incluindo os movimentos coreiformes distônicos
e involuntários, contrações musculares e blefarospasmo (tipo de contração
involuntária das pálpebras e musculatura facial) podem ser tomados como sinais
de alerta para se considerar a redução posológica
Reações
menos frequentes são:
irregularidades cardíacas e ou palpitações, episodio de hipotensão ostática,
episodio brade cinético (fenômeno” on-off ”), anorexia vomito, tontura e
sonolência. Raramente ocorreram convulsões, no entanto, não foi estabelecida
uma reação causal com o produto.
Diminuição
da hemoglobina e hematócrito, glicose sérica elevada, leucócitos, bactéria e
sangue na urina tem sido reportados. Geralmente, níveis de nitrogênio ureico
sanguíneo, creatinina e acido úrico as menores durante a administração da
carbidopa+levodopa do que com levodopa. Teste de Coombs positivo tem sido
reportado com ambos carbidopa+levodopa e levodopa isolada, mais anemia
hemolítica é extremamente rara.
Outras
reações adversas reportadas com levodopa foram:
Sistema
nervoso: ataxia,
aumento do tremor das mãos, contrações musculares
Psiquiátricos: confusão, sonolência, insônia,
alucinações, ilusões
Gastrintestinais: boca seca, gosto amargo, sialorreia,
disfagia, bruxismo
Metabólicos: perca ou ganho de peso
Tegumentários: rubor facial, sudorese aumentada,
suor escuro, erupção cutânea
Urogenitais: retenção urinaria, incontinência,
urina escura, priapismo
Vários: fraqueza, desmaio, fadiga, cefaleia,
rouquidão, mal-estar
POSOLOGIA
Considerações
Gerais
A
posologia deve ser titulada de acordo com as necessidades individuais, o que
pode exigir ajuste tanto de cada dose, quanto frequência de administração.
Tem-se observado resposta em um dia e as vezes após uma dose. Doses plenamente
eficazes, são em geral, alcançadas dentro de 7 dias, em confronto com semanas
ou meses exigidos pela levodopa isoladamente. Estudos mostram que a enzima
periférica dopa-descarboxilase é saturada pela a carbidopa com doses entre 70 a
100 mg diariamente, pacientes recebendo menos do que essa quantidade de
carbidopa estão mais sujeitos a experimentar náusea e vomito
Inicial: ½ comprimido de carbidopa+levodopa
uma ou duas vezes ao dia
Ajuste: acrescente ½ comprimido de
carbidopa+levodopa cada dia, ou em dias alternados ate ser atingida a dose
ótima
Manutenção: um comprimido 3 a 4 vezes por dia.
Se necessário a posologia pode ser aumentada em ½ de 1 comprimido a cada dia,
ou em dias alternados, ate o máximo de 8 comprimidos por dia
Em caso de
transferência para a carbidopa+levodopa o paciente deve ser estritamente
observado durante o período de ajuste posológico, especificamente movimentos
inventários ocorrerão mais rapidamente em pacientes com carbidopa+levodopa do
que em pacientes sob tratamento com a levodopa isolada, a ocorrência de
movimentos involuntários requer redução posológica
Fonte:
http//www.medicinanet.com/bula/1168/carbidopa_e_levodopa.htm
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