No tratamento da doença Parkinson existem três estratégias de
tratamento que são: medidas não-farmacológicas, medidas farmacológicas e
tratamento cirúrgico. O paciente precisa ser informado da natureza de sua
doença, sua causa e a relação com o tratamento a ser instituído.
As medidas não-farmacológicas estão relacionadas a uma série de
hábitos saudáveis e medidas de valor especial por minimizar algumas
complicações da doença é importante saber que estas medidas não iram atenuar a
gravidade da doença porém mantém o indivíduo melhor preparado para enfrentar as
alterações orgânicas e psicológicas decorrentes da consunção e insuficiência
motora típicas desta enfermidade
É importante que o paciente tenha um suporte psicológico e médico.
A maioria dos pacientes com doença Parkinson desenvolvem depressão, que será
tratada com anti-depressivos (preferencialmente os tricíclicos) ou terapia de
apoio. É interessante também procurar grupos de apoio, o aconselhamento
financeiro principalmente quando a doença acomete o responsável pelo orçamento
familiar , no caso o responsável pela família.
Sabe-se que a DP não se restringe apenas a transtornos da
motricidade; alterações psíquicas decorrentes tanto da dificuldade em se
iniciar movimento, quanto das mudanças neuroquímicas induzidas por deficiência
de dopamina ou pela ação dos medicamentos utilizados e pela nova visão que o
paciente tem do meio, são responsáveis pela grande prevalência de depressão
reativa entre estes indivíduos. Com isso não devemos delegar todas as tarefas
de suporte, inclusive psicológico, a outros profissionais e esquecer o papel
fundamental do médico. Uma sólida relação entre um profissional seguro,
confiante e empático, que demonstre estar efetivamente preocupado com o
paciente e aqueles que o cercam; animando, esclarecendo e reconfortando durante
as consultas, tem uma eficácia tão ou mais poderosa que as drogas antidepressivas.
Por um outro lado, exercícios não impedem a progressão da doença, mas mantém um
estado de funcionamento muscular e osteo-articular conveniente.
Na doença avançada, as proteínas ingeridas geram na luz intestinal
aminoácidos que competem com a absorção da levodopa. Esta competição leva a uma
absorção errática da l-dopa e níveis séricos inconstantes, o que contribui para
o agravo das flutuações motoras. Neste estágio, dieta hipoproteica está
indicada. Este programa alimentar na verdade não diminui o aporte proteico, mas
o concentra nas refeições após as 18:00 horas. Assim, a dieta com baixo teor de
proteínas ao longo do dia não interfere na absorção de levodopa, e o equilíbrio
nutricional pode ser reestabelecido à noite.
Alternativas farmacológicas disponíveis, pode-se afirmar que o
arsenal medicamentoso antiparkinsoniano da atualidade, limita-se as seguintes
opções:
1. selegilina;2. amantadina;3. anticolinérgicos;4.
levodopa; 5. agonistas dopaminérgicos.
O fármaco levodopa continua
sendo a principal forma de tratamento da doença de Parkinson idiopática. Seu
emprego associa-se a menor morbi-mortalidade, e virtualmente todos os pacientes
beneficiar-se-ão de seu uso. Por quase trinta anos, tem sido administrada a
milhões de pacientes com DP. No princípio era empregada pura, e altas doses
enterais eram necessárias para que uma ínfima parcela atingisse o SNC. Além
disso, a rápida conversão periférica de l-dopa em dopamina pela
dopa-descarboxilase, resultava em desagradáveis efeitos colaterais, como
náuseas, vômitos e hipotensão ortostática. Porém, com o passar dos anos,
descobriram-se substâncias antagônicas de dopa-descarboxilase, permitindo que
doses menores fossem utilizadas e maior eficácia terapêutica obtida. Inibidores
de dopa-descarboxilase estão em voga desde há cerca de 30 anos, sendo mister
reconhecer o papel histórico que tiveram na melhoria da qualidade de vida dos
pacientes com DP. Dois deles estão disponíveis em produtos comerciais
associados à levodopa e são oferecidos mundialmente: carbidopa (Sinemet®) e
benzerazida (Prolopa®).
Porém,
a vulnerabilidade da levodopa fica patente quando se contempla os graves
sintomas neuro-psiquiátricos associados com seu uso prolongado.
Tratamento
cirúrgico
A abordagem cirúrgica da doença de Parkinson tem quase um século.
Portanto, muito antes da introduçao de medicação dopaminérgica, cirurgias já
eram execultadas para tratar tremor, rigidez,e bradicinesia, com graus
variáveis de sucesso. O tratamento é dividido em três categorias :
Técnicas
lesionais ; pode proporcionar uma redução em 80%da intensidade do tremor
inclui complicações como disartria, disfagia, abulia, distúrbios da fala
Estimulação
cerebral profunda(ECP) ; além de ser um método seguro , a
estimulação cerebral profunda possui a vantagem de poder ser regulada ou mesmo
suspensa, ao contrario das técnicas lesionais . Da mesma forma , não impede que
o paciente possa futuramente obter proveito de novas abordagens. É um eletrodo
implantado no núcleo sbtalâmico ou no globo pálido interno sustentado por uma bateria que dura de 3 a 5
anos , ao atenuar as discinesia a estimulação subtalâmica permite o aumento da
levodopa e melhora os sintomas parkinsonianos.
Transplante; Uma
alternativa recente muito mais atraente e que vem obtendo resultado
gratificantes é o alotransplante de células medulares adrenais ou mesocefálicas
de fetos, sendo o ultimo o local mais pesquisado.
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